Abandonando a casca eu deixaria
minha alma livre para voar;
Abrindo as asas além da carne, me
livraria da condição humana;
O angustia- se tornaria um mito
enquanto rasgava os céus liberto da dor;
Caminharia por entre o vazio e o caos,
até chegar ao equilíbrio;
Deixando os malogros do corpo e
vivendo a liberdade do espírito;
Andaria por entre mundos, mudos e
cegos perante minha presença;
Seria só, mas completo integrado
a toda minha natureza;
Sem o casulo poderia caminhar
sobre as águas negras da solidão;
Chegaria a continentes sem passar
pela dor ou desespero;
Mas estou acorrentado na carne,
sangue e músculos;
Na condição do Real e humano,
sobrando a sim apenas o sonhar.
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