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Espelho, espelho meu

terça-feira, 31 de janeiro de 2012.


Acordo e me arrasto até o banheiro
Encaro minha face refletida no espelho
Paro meus pensamentos por um instante
E fico analisando a criatura grotesca que ela é
Uma imagem refletida que apenas meus olhos vêem
Analiso cada cicatriz e deformidades exposta nela
 Abaixo os olhos, e sinto uma lagrima rolar
Os Fechos por uns instantes
E caio na realidade
Encaro a bizarra criatura mais uma vez
Desta vez não com medo e ódio
Mas com pena e compaixão
Lembro que cicatrizes saram
E que as deformidades são apenas pontos de vista
Então jogo água no rosto
Pego a pasta e a escova
E começo o meu dia


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O tempo

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012.


Sabe quando me olho no espelho
Uma hora vejo uma face e num piscar de olhos vejo como as coisas secaram
Tanto dentro quanto por fora
Sabe o tempo é algo interessante
Tantas coisas se procedem nele tantas emoções, ações e confusões
E mesmo assim achamos que foi pouco tempo
Ele voou, voou, pois foi mal aproveitado
E quando o “aproveitamos” de maneira correta ainda sim não foi o suficiente
Há o tempo, sempre correndo em seu tempo
Fazendo tempestades em nossas mentes
Há o tempo, sempre soprando o passado para o rosto do futuro
Trazendo angustias e alegria
Como algo tão paradoxal pode controlar nossas vidas
O tempo que passa para todos
Mesmo assim para cada um de uma maneira
Como algo universal pode ser tão individual
O tempo algo intocável e marca a pele a mente e a alma
O tempo sempre passando, mudando e revolucionando
Como algo assim que nunca retorna sempre termina no mesmo ponto?
O tempo que corre e mesmo assim é lento
Que para e mesmo assim voa
Como é estranho algo que em momentos é lerdo como uma lesta
E em outra cabeça é rápido que nem um falcão
Como algo assim nós governa
Há o tempo
Aquele que despedaçou o peito desse homem
E um dia irá consertá-lo
Ou se não matá-lo
 Há o tempo

Só ele sabe o que faz
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Amarga primavera

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012.



A primavera chega
Os pássaros já começam a fazer os ninhos
Os feromonios são jogados ao ar
Á a estação do “amor” onde tudo floresce
E a vida recomeça
Na natureza é tão simples, mas magnífico e detalhado
De uma forma tão complexa que nossa mente
Finge entender
Mas ainda mais complicado no homem
Onde quando o inverno termina externamente
Começa internamente
Trazido pelo “amor”
Quando o homem começa a pensar e se preocupar com outro ser
Ou sente a solidão infinita
Que é suprida por pares de coxas e vícios
Mas ainda se sente o vácuo
É na época que desabrocham as flores
Que as rosas da esperança murcham
É na estação da paz
Que o homem se encontra no caos
É entre os agradáveis perfumes que se sente o odor do medo e tristeza
É na estação mais colorida que o homem
Enxerga tudo em preto e branco
É na estação da vida
Que o homem clama pela morte
E reza para o seu inverno retorna
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Razão



Não enxergo mais com os mesmos olhos
Adaptei-me a luz
De tanto apalpar as paredes
Encontrei a saída
No começo apenas um fino raio
Que na medida em que avançava
Dilatava-se formando em fim um gigante portal luminoso
Que a primeira vista chega a cegar e a deixar zonzo
Mas com o tento os olhos vão aguçando e se adaptam
A primeira vista é maravilhosa te atrai como uma lanterna atrai as mariposas
Chama-te pra mergulhar nesse clarão
E você continua a caminhar para dentro da luz
A primeira sensação de o ar tocar-lhe a pele te arrepia até a nuca
A visão das cores e os novos odores no ar te embriagam
E te levam a caminhar por entre esse paraíso
Leva-te a experimentar, cheirar, tocar, olhar e escutar
Levam-te a pensar
Levam-te a evolução e a revolução interna
Levam-te a exclamá-las
E no puro desejo de compartilhar essas sensações  
És carregado por um impulso de voltar a caverna e contar as maravilhas para seus irmãos e irmãs
Sem pestanejar cumpre o ato
E voltando as trevas tentando levar um pouco de luz
Fala das experiências
Mas por ignorância dos que ouviam
É tachado de idiota e Herege
Descontente com o resultado volta para luz e se isola nela
Com um pensamento
Que para as trevas não deseja retorna 
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